sexta-feira, 24 de novembro de 2017

A cidade dorme

A cidade dorme lá fora e aqui dentro tudo é barulho e confusão.
Eu olho pela janela, procurando em meio aos inúmeros prédios vizinhos, outra janela acesa. Encontro uma ou duas.
 Nessas raras luzes da madrugada, sinto-me compreendida por aqueles que também não dormem.
Embora eu não os conheça e, tampouco saiba o motivo por estarem acordados às 3h30, penso que talvez ali também more um coração inquieto, barulhento e confuso.
Ás vezes a única coisa que a gente quer, é sentir que faz parte de algo, e eu me sinto parte quando as poucas luzes acendem na madrugada.
Como eu queria que me vissem, que soubessem que também estou em agonia.
Eles nem sabem, mas suas luzes acesas confortam o meu coração enquanto os outros dormem.

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